domingo, 4 de março de 2007

Blossom


Vejo-te passar, numa nuvem,
e só posso saudar quem vai de viagem.
No interior da noite mais antiga, a que se
abre agora em milhares de estrelas,
inesperadas e quietas, talvez. Deste lado
do dia, a chuva de Março apaga a pouco
e pouco o rasto dos que partem, com
alguns livros na bagagem e a memória
fugaz das flores de cerejeira, por bússola,
talvez. Farewell, amigo, a vida nunca
chega para os livros que há para ler.

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