Arte poética, com sardinheiras
Abro o mapa de Lisboa e o que vejo
é um pequeno e aéreo coração radial.
Um leque sobre o tejo, é o que vejo
semi-aberto ao abrigo do oceano,
vendo passar, deitado, ideias de
navios, no vento brando de quem teve
mais para ver. Aproximando, é uma manta
de telhados, com praças e tapetes
de árvores entre, e ruas com pássaros
azuis. À margem do mapa, na varanda
os meus gerânios florescem outra vez.