quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Itinerários urbanos em catorze versos

Da janela, a muralha fernandina
vai-se alargando em círculos de cor:
o Barreiro, Alcochete, Pinhal Novo
o próprio Tejo incluído. Em redor

passam memórias de faluas,
memórias de palavras, os batéis
na circular interna de Odivelas
extensíveis à paragem do Cacém.

Espraia-se no ar, como um aroma
de alecrim e rosas, a noção
de sermos muito mais que viajantes

de um dia sem história. Ou talvez
haja uma história secreta em cada dia
que apenas, por acaso, não se vê.

Arquivo do blogue

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.